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IBGE: O termo “favela” volta a ser usado a pedido dos próprios moradores, entenda

Nesta terça-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou a reintrodução do termo “favelas e comunidades urbanas” para se referir a áreas urbanas específicas em seus censos e pesquisas.

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O instituto havia adotado a expressão “aglomerados urbanos excepcionais”, “setores especiais de aglomerados urbanos” e “aglomerados subnormais” a partir do Censo de 1970, substituindo o termo “favela” utilizado até o Censo de 1960.

A mudança, segundo o IBGE, reflete uma nova abordagem sobre o tema, resultante de estudos técnicos e consultas a diversos segmentos sociais.

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“Ressaltou-se a popularidade do termo, especialmente fora da região sudeste, e a relevância de um nome fortemente embasado nas práticas sociais e comunitárias desses territórios”

Cayo de Oliveira Franco – Diretoria de Geociências do IBGE

O processo de decisão envolveu o Encontro Nacional de Produção, Análise e Disseminação de Informações sobre as Favelas e Comunidades Urbanas no Brasil, realizado em setembro do ano passado. Nesse evento, diversas lideranças comunitárias participaram de reuniões e optaram pela denominação “favelas e comunidades urbanas” por ser habitualmente utilizada nesse contexto.

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De acordo com o último Censo realizado pelo IBGE em 2010, aproximadamente 11,4 milhões de pessoas viviam em favelas no Brasil, representando 6% da população do país. Do total, 12,2%, ou 1,4 milhão, residiam no estado do Rio de Janeiro. Os resultados referentes a esse tipo de território no Censo 2022 estão previstos para serem divulgados no segundo semestre deste ano.